terça-feira, março 07, 2006

Pantera Cor-de-Rosa e texto

A nova versão de A Pantera Cor-de-Rosa ficou muito boa. Ri pra caralho. Doido demais ver o Jean Reno num filme assim, o cara é muito bom. Quero só vê-lo no Código da Vinci.

O filme alcançou o máximo que se podia esperar de uma versão atualizada de um clássico tão famoso. Como diria qualquer jogador de futebol: "Clássico é clássico e vice-versa". Prefiro os antigos, mas o novo vale à pena conferir.

Vai aí uma breve crônica:

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Anterior ao conceito


O ônibus corria pela avenida. Cabeças dançavam conforme as curvas frenéticas e os buracos no asfalto. Um moleque esgueirava-se por debaixo da roleta enquanto sua mãe pagava a passagem.

Aventureiro, tentou caminhar sozinho até o fundo do coletivo, onde havia dois assentos livres. Uma curva e um solavanco depois, estava estatelado no chão, perto de meus pés.

Assisti à cena, inerte.

Ele se agarrava ao piso na tentativa de ficar imóvel em meio a todo o tremor. Olhava em volta, aterrorizado.

Longos segundos se passaram. Eu era o único que olhava, por cima, em sua direção.

A mãe veio xingando-o pelo atrevimento. Agarrou o braço miúdo e o arrastou até o assento.

Teria eu estendido a mão se ele fosse branco?


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2 comentários:

Anônimo disse...

Teria?

fabs disse...

nossa, que pesado!